Uma brincadeira de luta entre irmãos fugiu de controle e terminou de uma forma trágica na noite da segunda-feira (4), no Conjunto Virgem dos Pobres III, na periferia de Maceió. Segundo a polícia, um menino de dois anos morreu vítima de espancamento dos próprios irmãos. A criança foi encaminhada pelo pai, Daniel Lealdo Melo, para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas chegou sem vida.
O menino foi o mesmo que em dezembro de 2012 foi abandonado pela mãe e entregue a um vendedor de picolé. Na época, o pai resgatou a criança e disse que a mãe era viciada a drogas.
O menino foi o mesmo que em dezembro de 2012 foi abandonado pela mãe e entregue a um vendedor de picolé. Na época, o pai resgatou a criança e disse que a mãe era viciada a drogas.
Vizinhos relatam à polícia que a criança e os irmãos estavam trancados em casa já havia dois dias e que o pai saiu para trabalhar. Os militares foram acionados pelos vizinhos após ouvirem pedidos de socorro dos meninos de 13 e 11 anos.
Os irmãos confessaram a agressão em depoimento ao delegado responsável pelas investigações, Odemberg Paranhos. “As duas crianças disseram gostar muito de luta, e que os três sempre “treinavam” em casa, mas que o caçula apanhava muito”, disse o delegado.
Os irmãos confessaram a agressão em depoimento ao delegado responsável pelas investigações, Odemberg Paranhos. “As duas crianças disseram gostar muito de luta, e que os três sempre “treinavam” em casa, mas que o caçula apanhava muito”, disse o delegado.
O estado em que se encontrava a criança em óbito causou revolta nos vizinhos e até nos médicos. “Os pediatras que estavam de plantão disseram nunca ter visto algo parecido, a criança estava muito suja e cheia de hematomas” relatou a delegada Maria Aparecida, que recebeu a denúncia.
A mãe da criança é viciada em drogas e o pai por diversas vezes tentou interná-la por intermédio da Defensoria Pública. Em outras ocasiões Daniel Melo chegou a alegar que não teria condições de cuidar do filho e nem de contratar uma babá para cuidar dele.
Daniel Lealdo esteve na Central de Polícia após a morte da criança, mas não quis falar com a imprensa. Segundo Paranhos, ele foi liberado após o depoimento. Já os menores serão levados para a Casa de Custódia, e o Ministério Público (MP) irá dizer o local definitivo onde ficarão. A depender da infração eles poderão ficar detidos por até três anos.
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